Como tornar a tecnologia divertida de novo?

Sonhamos por anos em ter algum instrumento dopaminérgico prático, que coubesse no bolso, para nos livrar do tédio, alguma minitelevisão portátil, sei lá! Agora que o temos, nunca mais teremos tédio, temos ansiedade coletiva.

Estou vendo aqui algumas propagandas de notebooks dos anos 90, 2000, 2010… Não me recordo de como era a usabilidade (deveria ser péssima!), mas lembro de como cada minuto em frente ao computador era precioso e deveria ser aproveitado ao máximo, até que algum parente fosse lhe tirar dali para abrir alguma sala de bate-papo ou fazer uma vídeo-chamada a mais pixelada possível.

A tecnologia eletrônica era divertida. Não era o protagonista de nossos dias, como o é hoje; era um convidado ― por isso era legal conviver com ela. Estaríamos com ela pela manhã, e talvez não a veríamos mais pela noite. Hoje a tela está estampado em todos os lugares, é a topmodel, é sobre quem mais se fala.

Acho que parte da estratégia de tentar tornar a tecnologia divertida passa pela ideia de torná-la um evento no cotidiano analógico: a hora de abrir o feed, a hora de ouvir um podcast, a hora de ler um livro digital. É o que tenho tentado fazer.

E você, o que tem feito para tornar a tecnologia divertida de novo?

@batepapo@lemmy.eco.br

  • Diego :mastodon:@bolha.us
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    3 days ago

    @arlon @batepapo

    Os notebooks dos anos 1990 e 2000 eram precários: precisavam das famigeradas placas PCMCIA para conectar à linha telefônica ou à rede. Nos anos 2000 / início dos 2010 melhorou.

    Sobre a ansiedade coletiva:

    1. Acredito que seja por conta da mudança, sem um tempo de amadurecimento no Brasil, da conexão discada para ADSL. Saltamos de um cenário em que a conexão era realizada apenas depois da meia-noite ou aos finais de semana para uma mais rápida e disponível 24 horas por dia. Conectar-se à internet não é mais um “evento”.

    2. Os smartphones trouxeram a portabilidade unida à conectividade sem fio, que tirou aquele ritual de ligar o PC (o celular está sempre ligado), sentado numa cadeira e mais concentrado na navegação, bate-papo e discussões em fóruns. Agora, se faz isso enquanto se divide a atenção com outras tarefas. Da mesma forma, houve uma “appzação”, que nivelou a todos com perfis dentro de redes engessadas ao invés de fomentar a criatividade e a experimentação dos blogs.

    Acho que temos que retomar esses “rituais” como a “hora de…” que foram perdidos ou reduzidos. Para isso: maior controle sobre o hardware e software (complicado no caso dos smartphones).

    • Arlon@social.harpia.redOP
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      3 days ago

      @diegopds@bolha.us @batepapo@lemmy.eco.br

      maior controle sobre o hardware e software (complicado no caso dos smartphones).

      Já nem aposto mais nos telefones… Peguei um telefoninho de 200 reais com 5 polegadas e o transformei em dumbphone, fazendo um hardening ao ponto até de tirar as cores ― tanto para economizar a bateria como para torná-lo menos atraente. Só o uso para mandar mensagens, ouvir música, ouvir podcasts, eventualmente usar o mapa. Tenho utilizado redes sociais e visto vídeos só pelo computador. Ambos os aparelhos tornaram-se mais atraentes depois desse regime.

      Bem, de certa forma procurei ter mais controle sobre o telefone, mas dentro de limites muito bem estabelecidos. Queria mesmo era entrar no mundo das custom ROM, mas isso requer um letramento que em cinco anos de Linux não tive ainda…

        • Arlon@social.harpia.redOP
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          3 days ago

          @ale@bantu.social @diegopds@bolha.us @batepapo@lemmy.eco.br

          Na realidade, o que mais me levava a ter uma ROM alternativa era desgooglear o aparelho. Hoje em dia já nem uso sequer uma conta Google. Agora que tenho dois telefones, poderia experimentar… Pode ser um projeto para 2025!

            • Diego :mastodon:@bolha.us
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              3 days ago

              @arlon @ale @e_mydata @batepapo

              Também não aposto em telefones. Na verdade, nunca gostei dessa joça, mas é o que temos para hoje, hehehe. Gostaria de ter um “dumbphone”, mas de qualidade, não esses Positivo que vendem no Brasil.

              Meu sonho é ter uma experiência no smartphone próxima a que tenho no PC usando Linux. Tudo converge para as Custom ROMs. Mas o fato de possuir apenas um aparelho e o risco de “brickar” (inutilizá-lo no processo) me afastam.

              PS: Arlon, como você consegue usá-lo sem conta Google?

            • Arlon@social.harpia.redOP
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              3 days ago

              @ale@bantu.social @e_mydata@mastodon.social @diegopds@bolha.us @batepapo@lemmy.eco.br Aí que está! Todos os meus telefones até agora meio que são incompatíveis. O que estou usando agora, Multilaser Elite 2, é de um nicho muito específico, e muito difilmente acharei alguma ROM para ele. No entanto, estarei atento a essa lista de aparelhos compatíveis!

              • Tem emprego aí?@bantu.social
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                3 days ago

                @arlon @diegopds @batepapo realmente, nesse caso é difícil.

                Desde que tomei conhecimento da e OS, passei escolher meus espertofones levando em conta a compatibilidade, sempre que possível.

                Pra comprar mais barato, eu escolho modelos compatíveis que não seja de última geração.

      • Andre@bertha.social
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        3 days ago

        @arlon @diegopds @batepapo nessa lógica de hardware, meu desejo de consumo atual é um celular com tela e-ink, também pra reduzir várias coisas no celular.
        Ainda uso redes sociais, cada vez mais no fediverso e menos nas big techs.
        Mas meu celular atualmente é pra ouvir podcast, ler e-book quando não tenho livro físico ou o Kindle por perto e manter contatos pessoais. (Ainda jogo um joguinho com geo localização, mas estou com um objetivo final pra ver se paro).
        Mas acho que tenho uma boa relação